quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A mocinha

E a mocinha, após muito pensar, resolve colocar em papel tudo que se passa em seu interior, talvez não faça diferença para ele, talvez não faça diferença para ninguém, mas ela começa a escrever:


"Você me cativa e a cada dia que passa me sinto mais mergulhada em sentimentos.
Cada detalhe mínimo que poderia passar despercebido, mas são esses mesmos detalhes que me fascinam.
O modo de umedecer os lábios quando estão secos.
O sorriso que se reflete nos olhos, sorriso esse que tanto me encanta, me faz derreter por dentro.
O olhar sério que parece estar lendo o que estou pensando no momento.
O olhar de desejo que muitas vezes me deixa sem graça.
As manias que parece nem perceber que tem.
O modo de me olhar quando acha que ninguém mais está vendo.
A expressão quando está sentindo dor.
São pequenos gestos que me atraem como um ímã.
Já tentei não perceber, ser mais séria, talvez até mais fria, mas há algo que me impede, uma força maior que me impeli a ir em frente, que me prende a você, algo que nem eu mesma sei explicar!"


Ao terminar, a mocinha se sente mais livre, mais em paz consigo mesma...e queima o papel.

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